Em grande parte do mundo, a virada do ano é celebrada com entusiasmo no dia 31 de dezembro para 1º de janeiro. No entanto, há alguns países que optam por se afastar dessa tradição global e têm suas próprias datas e maneiras peculiares de dar as boas-vindas ao novo ano. Veja quais são eles abaixo.
Países que não celebram o Ano Novo em 1º de janeiro
1. Arábia Saudita
A Arábia Saudita é um país de maioria muçulmana, que segue o calendário islâmico, baseado nas fases da lua. Por isso, o Ano Novo não coincide com o nosso, mas sim com o primeiro dia do mês de Muharram, que pode ocorrer em qualquer época do ano.
Além disso, o governo saudita proíbe qualquer tipo de comemoração que tenha relação com as festas de fim de ano ocidentais, tanto para os residentes quanto para os turistas. Quem desrespeitar essa regra pode ser multado ou preso.
2. China
A China também não celebra o Ano Novo em janeiro, pois segue o calendário lunissolar, que leva em conta as fases da lua e as estações. O Ano Novo chinês, também chamado de Festa da Primavera, acontece entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
A celebração dura 15 dias e é marcada por rituais, banquetes, fogos de artifício e envelopes vermelhos com dinheiro, que são dados como presentes. Além disso, cada ano é associado a um animal e um elemento do zodíaco chinês, que influenciam na sorte e na personalidade das pessoas.
3. Índia
Neste país, o Diwali, ou Festival das Luzes, que é considerado o Ano Novo hindu. O Diwali acontece entre o final de outubro e o início de novembro, de acordo com o calendário lunar hindu, e dura cinco dias.
A festa celebra o triunfo do deus Rama sobre o demônio Ravana, e é caracterizada pelo uso de roupas e joias novas, doces típicos, velas e lamparinas, que simbolizam a luz da sabedoria.
4. Irã
O Irã também segue o calendário islâmico, mas também tem uma tradição milenar de origem persa, chamada de Nowruz, ou Novo Dia. O Nowruz é celebrado no primeiro dia da primavera, que coincide com o equinócio, geralmente em 21 de março.
A data marca o início do Ano Novo persa, que é festejado por 13 dias, com rituais, músicas, danças, comidas e presentes.
Um dos costumes mais importantes é a montagem de uma mesa com sete itens que começam com a letra S em persa, como maçã, alho, vinagre, moedas, trigo germinado, sumagre e azevinho, que representam saúde, prosperidade, paciência, riqueza, renovação, felicidade e amor.
5. Israel
O território que concentra a maior parte da população judaica do mundo segue o calendário hebraico, baseado nas fases da lua e nos ciclos agrícolas. O Ano Novo judaico, chamado de Rosh Hashaná, ou Cabeça do Ano, ocorre entre setembro e outubro, no primeiro dia do mês de Tishrei.
A celebração dura dois dias e é marcada por orações, toque do shofar (um instrumento feito de chifre de carneiro), e comidas simbólicas, como maçã com mel, romã, peixe e pão redondo, que representam doçura, abundância, fertilidade, multiplicação e continuidade.
6. Sri Lanka
O Sri Lanka é um país insular localizado no sul da Ásia, que tem uma cultura influenciada pelo budismo e pelo hinduísmo.
O Ano Novo cingalês, chamado de Aluth Avurudda, acontece em abril, no momento em que o sol se move da constelação de Peixes para a de Áries, segundo a astrologia védica.
A data coincide com o fim da estação da colheita e é celebrada com rituais religiosos, jogos, danças, fogos de artifício e comidas típicas, como o kavum, um pequeno bolo frito feito de arroz e mel.
7. Vietnã
O Ano Novo vietnamita, chamado de Tet Nguyen Dan, ou simplesmente Tet, acontece entre o final de janeiro e o início de fevereiro, e é a festa mais importante do país.
O Tet dura sete dias e é marcado por visitas aos parentes e amigos, limpeza e decoração das casas, oferendas aos deuses e aos anteados.
A festividade também conta com fogos de artifício e comidas típicas, como o banh chung, um bolo de arroz glutinoso recheado com carne de porco e feijão, que é cozido em folhas de bananeira.
8. Tailândia
Por fim, o Ano Novo tailandês, chamado de Songkran, acontece em abril, no momento em que o sol entra no signo de Áries, segundo a astrologia védica.
A data coincide com o início da estação chuvosa e é celebrada por três dias, com rituais religiosos, limpeza das imagens de Buda, oferendas aos monges, e a famosa guerra de água, em que as pessoas se molham nas ruas com baldes, mangueiras e pistolas de água, como forma de purificação e diversão.
