O calendário gregoriano é um calendário solar utilizado para contar a agem dos anos, meses, semanas e dias com base nas estações do ano. Neste sentido, foi criado na Europa em 1582 por meio do trabalho do Papa Gregório XIII, responsável por dar o nome a essa organização. Contudo, nem todos sabem de onde vem o termo feira e porque os dias da semana acompanham essa palavra.
Desse modo, para compreender como surgiu essa formação é fundamental conhecer mais sobre a origem no latim e os significados nos dias atuais. Curiosamente, existe uma relação histórica com a adoção dessa estrutura para descrever os dias da semana e diferenciá-los dos dias de descanso no final da contagem de 7 dias. Saiba mais informações a seguir:
Por que os dias da semana têm feira no nome?
A princípio, a primeira utilização do termo feira surgiu no ano de 563 antes de Cristo, depois de uma reunião realizada pela Igreja Católica em Braga, cidade portuguesa. Nesse contexto, pode-se entender porque somente a Língua Portuguesa adota essa construção nominal para os dias da semana, uma vez que a regra surgiu em Portugal.
Nessa reunião, o bispo Martinho de Braga decidiu que os nomes dos dias da semana deveriam ser modificados para deixar de homenagear os deuses mitológicos. Contudo, essa ordem se estendia somente aos dias da Semana Santa, quando os fiéis devem descansar e entrar em estado de introspecção por conta dos sacrifícios de Jesus Cristo.
Apesar disso, os termos foram adotados para o ano inteiro, mas permaneceu exclusivo da Língua Portuguesa no país ibérico. Posteriormente, a partir de 321 depois de Cristo, o calendário ocidental ou a organizar a semana pelo domingo e contar com 7 dias, com base em uma regra estabelecida pelo imperador romano Constantino.
Sobretudo, essa mudança é uma forma de fazer referência ao trabalho de Deus na construção do mundo, que segundo a Bíblia demorou 7 dias. No entanto, estima-se que o termo feira surgiu na Língua Portuguesa porque, durante a semana de Páscoa, todos os dias eram considerados feriados, pois haviam férias escolares e feiras a céu aberto cotidianamente.
Apesar da mudança em Portugal, e consequentemente no Brasil por conta da colonização, os outros países europeus mantiveram a tradição de nomear os dias da semana com base nos deuses mitológicos. Por conta disso, segunda-feira é Dia da Lua em espanhol e italiano, por exemplo.
Curiosidades sobre os calendários
1) Origem do calendário
Mais do que marcar as agens dos dias, o calendário surgiu da necessidade humana de se acompanhar o tempo para a comemoração das festas religiosas, mas também para entender os ciclos de plantio e colheita. De acordo com os especialistas, o primeiro calendário surgiu com os sumérios, uma comunidade da Mesopotâmia, no ano de 2.700 a.C.
2) Calendário judaico
O calendário judaico considera o começo do mundo a partir de 3.761 a.C., de modo que o ano novo seja celebrado em setembro ou outubro, dentro das tradições do Rosh Hashaná. Como consequência, os anos comuns podem ter 12 meses, mas variam de 353 a 355 dias. Por sua vez, os anos bissextos contêm 13 meses, com quantidade total de dias variando entre 383 e 395.
3) A adoção do calendário gregoriano
Em resumo, membros de outras comunidades religiosas, como os protestantes, entenderam a implementação do calendário gregoriano como uma conspiração da Igreja Católica para controlar a população. Acima de tudo, a desconfiança e revolta pública partiram da implementação desse cronograma a partir do trabalho de um papa.
Com os países católicos adotando o sistema, diversos protestantes europeus rejeitaram a mudança por temerem uma censura às próprias práticas religiosas. Desse modo, houve diversas revoltas até que os países ortodoxos deixaram de abraçar as mudanças apresentadas pelo Papa Gregório.
4) Ajustes no ano
Com a adoção do calendário gregoriano, estima-se que dez dias foram excluídos do total existente anteriormente. Em decorrência desse processo, houve diversos protestos na Grã-Bretanha, porque os cidadãos acreditavam que estavam sendo roubados dos dias de descanso para trabalhar mais.
