Um estudo, publicado na revista Earth and Planetary Science Letters, revelou que os movimentos tectônicos em curso no Grande Vale do Rift, na África Oriental, podem levar à formação de um sexto oceano no futuro.
Essa transformação geológica, que ocorre na crosta terrestre, está sendo impulsionada pelo afastamento gradual das placas tectônicas da Núbia e da Somália, que se separam a uma taxa média de 7 milímetros por ano.
Como resultado, uma fissura de quase 60 quilômetros já foi observada na região, indicando que o processo pode culminar na separação do Chifre da África (região localizada no extremo oriente, composta pela Eritréia, Djibuti, Somália e Etiópia) do restante do continente.
Como se formam os oceanos?
A formação dos oceanos está diretamente ligada aos movimentos das placas tectônicas, impulsionados por forças geológicas internas da Terra.
O calor proveniente do núcleo do planeta gera correntes de convecção no manto, que fazem com que as placas se movam em diferentes direções.
Esses movimentos podem levar à separação ou colisão das placas, criando fenômenos como a formação de cadeias montanhosas, fossas oceânicas, terremotos e vulcanismo.
Quando as placas se afastam, como ocorre em zonas de divergência, o espaço entre elas pode ser preenchido por magma, que solidifica e forma nova crosta oceânica, dando início à criação de um oceano. Um exemplo atual desse processo é observado justamente no Grande Vale do Rift, conforme investigam vários estudos.
À medida que as placas continuam a se afastar, a crosta terrestre na região do rift torna-se mais fina e frágil, permitindo que o magma suba à superfície e forme novo assoalho oceânico.
Com o tempo, a depressão criada pela separação das placas pode ser inundada por água do mar, originando um novo oceano.
A formação do sexto oceano da Terra levará quanto tempo?
Estima-se que esse fenômeno, embora lento, possa ocorrer dentro de cinco a dez milhões de anos, marcando uma mudança significativa na geografia do planeta.
Conforme a fissura no Grande Vale do Rift se expande e a água do Oceano Índico começa a preencher a depressão, o litoral africano ará por uma reconfiguração significativa.
Essas mudanças não se limitarão à geografia física; o clima local também será afetado, com possíveis aumentos na umidade e alterações nos padrões climáticos estabelecidos.
Paralelamente, o surgimento de novas rotas marítimas poderá redistribuir recursos naturais e criar oportunidades econômicas para os países envolvidos.
Este processo, embora único na atualidade, encontra paralelos em eventos geológicos ados, como a formação da Fossa das Marianas, destacando a dinâmica constante da Terra.
Quantos oceanos existem atualmente?
Atualmente, existem cinco oceanos no mundo. São eles:
1. Oceano Pacífico
É o maior e mais profundo dos oceanos, cobrindo aproximadamente um terço da superfície da Terra. O Pacífico se estende das costas da América do Norte e do Sul até a Ásia e a Austrália.
2. Oceano Atlântico
É o segundo maior oceano e separa o continente americano da Europa e da África. O Atlântico é conhecido por suas correntes oceânicas, como a Corrente do Golfo, que tem uma grande influência no clima das regiões costeiras.
3. Oceano Índico
Localizado entre a África, a Ásia, a Austrália e o Oceano Antártico, o Índico é o terceiro maior oceano do mundo. Este oceano é fundamental para o comércio marítimo internacional, especialmente para as rotas de petróleo.
4. Oceano Antártico
Também conhecido como Oceano Austral, circunda o continente antártico e é o segundo menor oceano. Ele atua na regulação do clima global devido às suas correntes frias e à cobertura de gelo. A região é habitada por uma fauna única, incluindo pinguins e focas.
5. Oceano Ártico
É o menor e mais raso dos oceanos, localizado na região do Ártico, ao redor do Polo Norte. O Ártico é caracterizado por suas águas congelantes e extensas camadas de gelo.
Esta área é habitada por espécies adaptadas ao frio extremo, como ursos polares e morsas, e é sensível às mudanças climáticas, com o gelo diminuindo rapidamente devido ao aquecimento global.
